FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA
A Fisioterapia Pediátrica é uma especialidade voltada ao tratamento de recém-nascidos, bebês, crianças e pré-adolescentes, chegando às vezes a cuidar também de adolescentes. As doenças tratadas podem ser congênitas ? quando o bebê já nasce com elas ? ou adquiridas depois do nascimento. Essa área ganhou força a partir dos anos 80 e, de lá para cá, a importância do fisioterapeuta pediátrico vem aumentando.
Entre os problemas que necessitam dos serviços de um fisioterapeuta pediátrico podemos destacar:
- Paralisia cerebral
- Síndrome de Down
- Espinha bífida
- Traumatismo crânio-encefálico
- Atrofia muscular
- Desvios posturais (escoliose, lordose etc.)
- Problemas respiratórios (bronquite, asma etc.)
O fisioterapeuta pediátrico, portanto, tem que estar apto a tratar de doenças que podem ter origens diversas: musculares, esqueléticas, neurológicas, respiratórias etc. Para isso, seu conhecimento deve ser ao mesmo tempo abrangente e aprofundado. Além do mais, o profissional tem que saber lidar com a particularidade de sua profissão: seus pacientes ainda não são adultos. Isso significa um enfoque todo especial.
Objetivos da Fisioterapia Pediátrica
Como é sabido, a fisioterapia conta com recursos e técnicas manuais que podem prevenir agravos e tratar quadros instalados de doenças motoras, respiratórios, dentre outras.
A população infantil é um dos grupos etários mais vulneráveis e como uma grande parte das doenças pediátricas requer a atuação da fisioterapia, cabe a fisioterapia pediátrica fomentar o desenvolvimento de diversas habilidades nas crianças.
O fisioterapeuta pediátrico estará sempre em busca de proporcionar a independência da criança, para que esta esteja em melhoria constante a cada fase do tratamento. E assim a criança desenvolva habilidades motoras e cognitivas da forma correta e no tempo esperado.
Esse “tempo esperado” segue margens de normalidades esperadas a cada fase, ou seja, pode variar de criança para criança. De toda forma, existe um tempo máximo para cada situação ocorrer.
Segundo as fisioterapeutas motoras do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Márcia Regina Vinhaes e Carla Trevisan, “a primeira etapa motora que o bebê deve alcançar é o controle de cabeça até três meses de vida. O rolar deve aparecer por volta dos cinco meses e o sentar sozinho aos seis meses. Aos oito meses, a criança deve assumir a postura sentada sozinha e aos nove meses deve engatinhar e se puxar para a postura de pé. Em torno dos 12 meses, a criança começa a andar livremente.”
Em situações onde os pais perceberem algum tipo de estagnação do desenvolvimento da criança, precisam conversar imediatamente com o pediatra para terem uma noção mais ampla do quadro da criança.
Embora tenha um papel importante no desenvolvimento da criança, o fisioterapeuta precisa envolver-se com a família do paciente durante o tratamento, pois isso surte um grande efeito na recuperação e/ou evolução da criança.